Lubrificantes Especiais para Mancais de Deslizamento

Técnica de lubrificação em mancais de deslizamento

Conforme a aplicação, mancais podem ser lubrificados com graxas, óleos, como também lubrificantes sólidos ou combinações destes. Desenvolvimentos novos e a chegada de novas matérias primas permitem um funcionamento com pouca manutenção ou talvez um funcionamento sem manutenção, quando se leva em consideração uma vida útil limitada. Mancais são diferenciados:

Mancais de deslizamento
– Com lubrificação posterior contínua
– Com lubrificação em intervalos, isso significa que o lubrificante é aplicado em determinados espaços de tempo.
– Com lubrificação permanente sem manutenção, isso significa que o lubrificante é aplicado somente uma vez.
– Com matéria- primas auto lubrificantes.

 

Com lubrificação em intervalo ou contínua, pode se atingir uma vida útil sem limite (de preferência lubrificação a óleo). Altas cargas e altas rotações são possíveis com um dimensionamento criterioso do mancal e com uma alimentação suficiente de lubrificante, como também com um tipo de lubrificante apropriado e de viscosidade adequada.

 

Em uma lubrificação permanente isenta de manutenção, é fornecido através de m reservatório apropriado (depósito, em geral ranhuras de lubrificação ou bolsas de lubrificação). Uma quantidade de lubrificante exatamente definida que mantém a alimentação durante uma vida útil de funcionamento estimada de mancal.
Possíveis cargas nos mancais e rotações estão claramente abaixo que em lubrificação contínua.

 

Mancais isentos de manutenção, via de regra, são compostos de matérias primas auto lubrificantes ou que contém substâncias lubrificantes. São aplicáveis durante um determinado tempo de uso, para o qual deve ser calculado certo desgaste.

 

Mancais auto lubrificantes são mancais com substâncias incorporadas, como Mos₂ ou pó grafite, que fornecem à matéria-prima dos mancais a propriedade lubrificante. Aqui é aplicado MOLYKOTE PÓ Z.
Mancais com substâncias lubrificantes – conhecidos como mancais de ferro sinterizado ou de bronze sinterizado – contém óleos minerais ou sintéticos em sua estrutura de poros grandes e são permanentemente fornecidos ao ponto de lubrificação. Aqui são aplicados MOLYKOTE Q5-0180 ou MOLYKOTE A ou MOLYKOTE FS 1265 (óleo de flúor-silicone).

 

Áreas de aplicação habituais referentes a cargas dos mancais e a rotação, são demonstradas no diagrama de curvas típicas.
Aplicação prática.

 

2.1 Matérias primas de mancais metálicos

 

Devido a variedade de graxas existentes, é possível uma solução apropriada para o problema de lubrificação. Podem ser escolhidas graxas para altas e baixas temperaturas, óleos minerais e graxas sintéticas, com ou sem lubrificantes sólidos, para as condições de funcionamento especiais. Dependendo da exigência, podem ser aplicados graxa da classe de consistência NLGI 00 até 3.
Para áreas de aplicação acima dos limites de temperaturas habituais para graxas lubrificantes, podem ser usadas pastas lubrificantes, como por exemplo, MOLIKOTE U-n, com uma faixa de temperatura de aplicação até + 450º C.
Em peças construtivas/mancais que são movimentados esporadicamente, as graxas lubrificantes podem secar ou endurecer com um período de parada muito longo. O mancal em si continua apto ao trabalho. Nestes casos, uma relubrificação com uma dispersão contendo óleos minerais, como MOLYKOTE A ou MOLYKOTE W 15, proporciona funcionamento contínuo e seguro.

 

2.2 Matérias-primas de mancais não metálicos

 

Em matérias primas não metálicas, as cargas admissíveis nos mancais são claramente mais baixas que em matérias-primas metálicas. Devido a péssima dispersão de calor em mancais não metálicos, pode-se esperar que, com o aumento da temperatura aconteça uma forte redução da folga do mancal e assim, um desgaste extremo.
Além disso, são problemas o inchamento ou encolhimento destas matérias-primas após o contato com lubrificantes. Como resultado de inchamentos ou encolhimentos, estas matérias-primas estão submetidas a uma modificação de módulo de elasticidade, da resistência a tração e da dureza. Isso significa que em caso de incompatibilidade, as propriedades mecânicas das matérias-primas são consideravelmente modificados.
Inchamentos são gerados através de difusão nas áreas perto das superfícies dos materiais dos mancais, até que os mesmos estejam saturados. O comportamento de inchamento depende da estrutura química do óleo e dos materiais de polimerização, como também de grau de reticulação. Encolhimentos, na sua maioria, são gerados através da separação dos amaciantes.

 

Óleos básicos com base de óleos minerais contendo alta quantidade de aromáticos, possuem, em geral, uma compatibilidade pior com materiais sintéticos e elastômeros que óleos altamente refinados. Conhecida, também é a péssima compatibilidade de óleo de ester. Em óleos com uma formulação química similar, se reduz a tendência para o inchamento com o aumento da viscosidade.