Anel Oring e lubrificantes industriais para melhor desempenho
1.1 Tipos de vedações
Os tipos de vedações são diferentes para peças em repouso ou em movimento (vedações estáticas e dinâmicas). O último grupo pode ser subdividido em vedações para movimentos lineares e para movimentos rotativos.
1.2 Lubrificação de vedações estáticas
1.2.1 Vedações planas
Em vedações planas simples, como por exemplo, superficiais, na maioria das vezes não é necessária uma lubrificação. Com a influência de temperaturas mais altas, pode ocorrer uma soldagem da vedação na flange, recomenda-se usar um lubrificante como agente de separação. É recomendada um aplicação na vedação com MOLYKOTE U-n ou, em temperaturas acima de 450◦C com MOLYKOTE 1000. Em temperaturas <200◦C é aplicado como agente de separação MOLYKOTE 11.
1.2.2 Vedações planas para peças construtivas com dilatações térmicas diferentes
Para aplicação de vedações planas entre duas peças com dois coeficientes de dilatação térmica diferentes, como por exemplo, vedações de cabeçotes de cilindros em motores de combustão, são necessários lubrificantes secos especiais. Como MOLYKOTE AF- Coatings (Anti- Friction- Coatings), existe a possibilidade de uma aplicação em série com sucesso. Devido às grandes variedades das grandezas de influências , são aplicados diversos MOLYKOTE AF- Coatings. Neste caso, recomenda-se consumar a MOLYKOTE.
1.3 Vedações dinâmicas
1.3.1 Vedações em eixos
A lubrificação de vedações em eixos é feita, geralmente, através do meio contra o qual se faz a vedação. Diversas vezes é usado um lubrificante para montagem que, é o meio com qual ele entra posteriormente em contato. Em parte, são também usadas aqui graxas especiais para montagem. Os critérios de escolha são a compatibilidade com o material de vedação, a resistência contra o meio e as características de lubrificação (vide tabela de seleção de lubrificantes). Não existem ensaios padronizados para a eficiência de lubrificação em vedações em eixos. A escolha é feita conforme os resultados da máquina de teste placa-esfera (vide tabela de seleção de lubrificantes).
1.3.2 Vedações hidráulicas
Nesse caso, vale em princípio o mesmo que nas vedações em eixos. Caso seja aplicada uma graxa de lubrificação para fins de montagem, a escolha deve ser feita conforme a compatibilidade com o material de vedação, da resistência contra o meio e a eficiência de lubrificação. Como para ligações hidráulicas também não existem ensaios padronizados, a escolha da graxa lubrificante é feita conforme os resultados da máquina placa-esfera (vide tabela de seleção de lubrificantes).
1.3.3 Vedações pneumáticas
Até que alguns anos atrás, vedações pneumáticas não precisavam de uma lubrificação adicional devido ao ar comprimido com teor do óleo. Devido à toxicidade, é usado cada vez mais ar comprimido isento de óleo. Por esta causa, deve se prever uma lubrificação a graxa com vida útil longa e um baixo coeficiente de atrito.
Além disso, a presença de graxa entre a vedação e o êmbolo, gera uma resistência contra a perda de ar comprimido através da capacidade de vedação de graxa, levando o funcionamento mais eficiente do cilindro pneumático.
Ensaios de lubrificantes normalmente são feitos em cilindros pneumáticos e em válvulas pneumáticas. A escolha das graxas lubrificantes adequadas também pode ser feita com base nos valores referente as compatibilidade do lubrificante com o material de vedação e nos valores de ensaio placa- esfera referente ao seu comportamento de atrito (vide tabela de seleção de lubrificantes).
1.3.4 Vedações em instalações de vácuo
Para a lubrificação de vedações em instalação de vácuo, é importante a compatibilidade do lubrificante com o material de vedação , como também a taxa de evaporação do óleo básico em pressões baixas, já que em uma evaporação alta demais do óleo básico, acontece o seguinte:
1 As exigências solicitadas sobre a pureza do vácuo não poderão mais ser cumpridas,
2 A graxa se empasta rápido demais.
Para estes casos são aplicadas, principalmente, graxas com viscosidade elevadas de óleo básico.
Em vácuo com pressões de até 10-6 Torr pode ser aplicado MOLYKOTE 111 ou MOLYKOTE FS 3452.
Em pressões ainda mais baixas, são aplicadas graxas onde o óleo básico tem taxas de evaporação muito pequenas, como por exemplo. “armadilhas” onde o produto é captado e retirado do vácuo.
Existe mais uma possibilidade: tratar a respectiva superfície de vedação com AF-Coatings.
1.3.5 Vedações em instalações nas indústrias alimentícias
Em vedações que entram em contato com alimentos, devem ser aplicados MOLYKOTE 1001 ou 111. Esses produtos são fabricados com matérias- primas homologadas pela FDA.
1.3.6 Vedações resistentes a óleo de silicone
Para vedações que somente são resistente à óleo de silicone, são aplicados MOLYKOTE M 77 ou graxa de silicone ( MOLYKOTE PG 21, PG 54, 33 Medium, 55 M ou 111).
1.3.7 Vedações com lubrificantes sólidos
Diferentemente, em vedações com lubrificantes sólidos, são aplicados, por exemplo, através do tamboreamento, especialmente O-rings, MOLYKOTE pó Z, ou através de de incorporação de MOLYKOTE Microfino na matéria-prima da vedação.
1.3.8 Vedações de labirinto
Neste caso são aplicadas, atualmente, graxas lubrificantes como meios de vedação. A escolha é feita de acordo com a resistência contra o agente que deve ser vedado.
1.3.9 Registros e válvulas para meios líquidos
Para a lubrificação de registros e válvulas de meios líquidos, o lubrificante deve cumprir as seguintes exigências:
– Reduzir a momento do acionamento,
-Garantir a vedação,
-Ser resistente contra o meio que será vedado,
-Ser compatível com as matérias- primas das válvulas de vedação.
Em geral, podem ser aplicados lubrificantes compatíveis com os meios e matérias- primas, como por exemplo, MOLYKOTE BG 87, 111, 1001, 1102, FS 3451, FS 3452.
Produtos que são aplicados para lubrificação de válvulas e registros nas indústrias alimentícias ou na área de água potável, devem estar em concordância com as determinações e homologações dos órgãos oficiais competentes. Aqui podem ser aplicadas graxas como MOLYKOTE 111.
