Lubrificação de Cabos de Freio Bowden
Condições de lubrificação:
Quanto menor o atrito entre a alma e a capa no comprimento total do Cabo de Bowden, tanto maior o grau de rendimento. Isso significa, para a técnica de lubrificação, que o coeficiente de atrito deve ser minimizado com a ajuda de um lubrificante adequado. A função deste lubrificante deve ser assegurada durante toda a vida útil de Cabo de Bowden.
A combinação usada antigamente, de alma de aço contra capa de aço, quase não existe mais. Na maioria das vezes são usadas almas ou cabos que são colocados em uma aspiral achatada, ambas revestidas com uma protetora de material sintético ( exemplo na área automobilística: cabos de embreagem, cabos de freios de mão). A combinação aço/ material sintético também aparece (exemplo na área automobilística: cabos de acelerador, cabos de acionamento Push-Pull, cabos de acionamento da capota e cabos de acionamento do porta- malas). Por causa disso, é muito importante a compatibilidade do lubrificante aplicado com os materiais sintéticos.
Quando o material sintético incha, gera uma redução da folga e um aumento da carga mecânica no movimento longitudinal e, assim, a redução no grau de rendimento. Ao contrário, um encolhimento no material sintético gera, muitas vezes, formação de rachaduras e em conjunto a redução da resistência mecânica.
Inchamentos ou encolhimentos são as modificações que devem ser consideradas possíveis em materiais sintéticos, após o contato com lubrificantes.
Inchamentos são gerados através das difusões em áreas perto da superfície do material sintético até que estejam saturados. O comportamento de inchamento depende da estrutura química do óleo e do material de polimerização, como também do grau de reticulação. O encolhimento é gerado, na sua maioria, pela separação dos amaciantes do material sintético.
Também se deve levar em consideração que, óleos com bases de óleos minerais com altos teores aromáticos, em geral têm uma compatibilidade pior que óleos altamente refinados. Também é reconhecida a má compatibilidade de óleos de éster. Em óleos com formulações químicas similares, há a tendência da redução de inchamento com o aumento da viscosidade, mas podem, com isso, aumentar as perdas de atrito.
Tipos de lubrificantes
Para a lubrificação de Cabos de Bowden são geralmente usadas graxas que, devem ser compatíveis com os materiais sintéticos de cabos. Estas graxas são baseadas em óleos de silicone, polialfaolefinas e óleos (por exemplo, óleos de silicone com viscosidade muito alta), mas, especialmente na lubrificação mais exigente em cabos Bowden, como por exemplo, cabos de embreagens e cabos de acionamento Push- Pull são atingidos graus de rendimentos melhores com graxas.
Outras vantagens da lubrificação com graxa são, a pouca saída do lubrificante no Cabo de Bowden em comparação com a lubrificação a óleo e a redução de ruídos,
Na maioria das vezes, são aplicadas graxas das classes NLGI 1 ou 2. Graxas a partir da classe NLGI 3 são mais difíceis de aplicar.
Aplicação
A lubrificação de Cabos de Bowden com graxas é feita através de:
– aplicação sobre a alma com pincéis ou automaticamente com aparelhos sociais,
– aplicação automotiva através de injeção com dispositivos de dosagem.
Mostrou-se vantajoso que, a alma ao ser girada dentro da capa na montagem das duas peças, garante a umidificação da superfície total. Superfícies não umedecidas muitas vezes apresentam problemas referentes a um desgaste excepcional.
Em cabos de Bowden lubrificados com óleo, este é aplicado sobre a alma através do processo de imersão.
Seleção do lubrificante
Para a lubrificação de Cabos de Bowden devem ser levados em consideração os seguintes critérios:
– Compatibilidade do material sintético usado e do lubrificante
– Faixa de temperatura de trabalho
– Resistência contra oxidação
– Redução do coeficiente de atrito
